quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


QUERO CONTAR A VOCÊS A HISTÓRIA DE MEUS PARTOS...

No parto do Jhonatan (1º), aos meus 22 anos entrei em tp no domingo, na segunda-feira rompeu a bolsa, contrações + contrações, indo e vindo do hospital. Terça-feira agonizando não comia neim bebia, enfebrei e nada de dilatação viajei para Rio Branco do sul-PR a 56 km, estrada de terra e muitas curvas e dor que dilacerava meu corpo, no hospital o médico me examinou e disse que era para aquela noite e se eu ficaria no hospital ou voltaria para Cêrro azul.Voltei, aqui a noite retornei ao hospital e me internaram, estava com 3 de dilatação, passei uma noite de cão e nada, no dia seguinte não tinha força na hora do parto e se o médico não ajudasse empurrando a minha barriga para baixo o bebê não teria nascido. Ele quase morreu pois passou da hora. No da Jeislie (2º), com 34 anos, minha bolsa rompeu na sexta-feira e entre idas e vindas ao hospital, meu médico foi o mesmo, só que ele desta vez deu encaminhamento para cesária no Hospital Angelina Caron. No sábado 20/12/03 viajei no começo da tarde e chegando no hospital um residente me examinou e disse que eu tinha mais uns 6 dias pela frente, eu disse que estava com dor, ele aplicou buscopan injetável, saímos dali em busca de algum lugar para fazer uma ecografia para ver como estava a bebê. Chegamos no Hospital das Cínicas de Curitiba e fiz o cadastro para o exame, depois que me examinaram, na hora me internaram, estava com 2 de dilatação, ouviram o coraçaõ da bebê e estava bem. Eram mais ou menos 23:00, eu estava em uma sala de pré parto agonizando de novo, quando uma enfermeira me examinou estava com 4 de dilatação. Tanto tempo havia se passado, tanta dor e a dilatação não havia evoluído quase nada, foi então que falei para ela que o médico de Cêrro Azul me falou que eu não ganharia em parto normal. Ela me disse que esperasse a anestesista que chegaria em 00:30 hr. Dali as pouco vieram me buscar , me anestesiaram, e fizeram cesária de emergência. A Jeislie não chorou e tiveram que levá-la para a sala de reanimação, pois estava passando da hora.
No da Jeanne Louyse (3º), agora com 41 anos, estava fazendo pré-natal em Cêrro Azul, mas no começo de maio, comecei a fazer o pré-natal no Capão da Imbuia em Curitiba. No dia 02/06/10, fui ao hospital que a médica do posto Iracema me designou, para conhecer e aproveitei para fazer uma consulta, contei para o médico como foi o eu 1º e 2º partos, e avisei que o meu médico disse que eu não ganhava em parto normal, o médico mandou fazer uma ecografia ali mesmo no hospital, a fiz e quando voltei, outro médico me atendeu, contei para ele como foi o eu 1º e 2º partos, e avisei que o meu médico disse que eu não ganhava em parto normal. No dia 09/06/10 eu tinha uma ecografia marcada, a fiz e voltamos ao hospital, me consultei e mostrei a ecografia para o outro médico, contei a ele o que o radiologista falou que eu estava com 39 semanas e estava tudo bem e se fizesse cesária, ela estava pronta nascer.O médico me disse que decidiria na hora do parto. Retornei no dia 18/06/10 e outro médico( e tambem diretor do hospital) me atendeu, me examinou e eu contei para ele do meu 1º e 2º partos, mas ele me disse que voltasse quando sentisse contrações. No sábado a noite comecei e sentir dores. Na madrugada de domingo eu estava com contrações de 5 minutos de intervalo, voltamos ao hospital.Outro médico me atendeu, me examinou e disse que eu não tinha dilatação alguma e mandou andar pelo corredor, fiquei andando por 2 horas, as contrações com 2,5 minutos de intervalo e muito fortes.Voltei ao consultório e fiquei esperando (quase nua e com aquele frio)por quase uma hora pela chegada do outro médico, me examinou, estava com 3 de dilatação, eu já estava chorando (sou muito forte para dor, mas já não estava mais aguentando tanta dor, falei para ele como foram meus partos e que não ganhava em parto normal.Ele disse que decidiria na hora do parto e mandou fazer o internamento.Me levaram para o andar superior e lá fiquei com mais 3 gestantes.Se passaram mais de uma hora e nada de atenderem, só mandaram eu ficar debaixo da água quente, disseram que ajudaria,piorou.Quando o médico chegou foi atender as 2 gestantes que estavam no soro para dar as dores de parto, depois foi falar com a outra e por último foi falar comigo ( já estava gritando de dor)me examinou estava com 7 de dilatação , depois foi examinar o coração da bebê e se assustou. Rompeu a bolsa com brutalidade que atingiu a testa da minha filha com uma espécie de agulha de tricô, examinou de novo o coração dela e disse para a enfermeira(CESÁRIA) e começou a correria. Me levaram para a sala de cirurgia, me aplicaram a anestesia, e começaram a cesária com o meu corpo parcialmente sedado ( e aos chacoalhões) retiraram minha bebê e saíram correndo. Perguntei por ela e a enfermeira disse que o pediatra viria dali a pouco falar comigo.Pouco depois o pediatra veio e falou que ela não havia resistido e comecei a chorar, ele continuou falando mas eu neim escutava. Me aplicaram uma injeção e não vi mais nada. Depois de 3:00 hrs meu marido veio me ver (estava na maca, chorando em um corredor)eu disse para ele que nós tinha perdido a nossa Jeanne, ele não sabia de nada.Pedi que tirassem fotos dela,hoje é tudo que tenho.Como vcs podem ver que tentei avisar aos 6 médicos que me atenderam, mas ninguém me deu atenção.A maternidade em questão é a Mater Dei da Conselheiro Laurindo em Curitiba.O laudo do óbito da minha bebê foi:sofrimento fetal agudo, pressão de 04 circular de cordão no pescoço e afogamento por liquido amniótico. Ainda aguardo o laudo do IML. Atendimento pelo SUS é um lixo,porque não cobraram, a gente pagaria o parto, mas não fizessem pouco caso da vida da minha filhinha. Olha, eu não estou fazendo isso tudo para aparecer e sim para alertar as futuras mamães que levem algum familiar para estar na sala na hora do parto, assim os médicos irão dar mais atenção e terão maiores cuidados. Se eles tivessem deixado meu marido entrar talvez hoje nossa Jeanne Louyse estivesse com vida. Beijos a todas vcs.

sexta-feira, 3 de junho de 2011